Cabo Verde quer contribuir para criação de uma verdadeira identidade africana de segurança e defesa – ministra

31-01-2024 20:19

Cidade da Praia, 31 Jan (Inforpress) – A ministra da Defesa Nacional reiterou hoje que Cabo Verde quer contribuir para a criação de uma verdadeira identidade africana de segurança e defesa em complementaridade com os princípios da União Africana e da Carta das Nações Unidas. 

Janine Lélis discursava, na cidade da Praia, na cerimónia de inauguração do Centro Multinacional de Coordenação Marítima da Zona G que integra Cabo Verde, Senegal, Gâmbia e Guiné-Bissau.

“Nós assumimos as nossas responsabilidades em defesa da paz e da segurança, particularmente da região atlântica em que estamos inseridos, contribuindo também para a necessária articulação internacional na realização de uma política de paz e segurança entre o Atlântico norte e o Atlântico sul”, realçou. 

A ministra realçou que Cabo Verde necessita de estabilidade e segurança para potenciar a sua posição geoestratégica, atrair investimentos externos, garantir um elevado nível de competitividade e prover a segurança das pessoas e bens que atravessam os seus mares e espaços aéreos.

“Cabo Verde está integrado numa região que precisa, igualmente, garantir os valores de soberania, de democracia e liberdade, de desenvolvimento e prosperidade. Vivemos num mundo cada vez mais globalizado e está mais do que evidente que nenhum país, por si só, consegue garantir a sua segurança, devendo o conceito de segurança ser integrado numa visão mais holística e global”, sustentou.

Por outro lado, salientou que diante da internacionalização da criminalidade organizada encabeçada pelo terrorismo e pelo tráfico de drogas e de armas, associados ao branqueamento de capital, pirataria e pesca ilegal, as ameaças são permanentes.

Daí, acrescentou, há um apelo cada vez maior para o reforço das instituições, com funções nos domínios da defesa e da segurança.

“Neste contexto estamos respondendo a este apelo. Este Centro interligando-se a vários outros centros envolvendo e abarcando 14 países da CEDEAO, acaba sendo uma resposta regional com impacto na paz e na segurança de todos”, realçou.

A decisão da criação de um Centro Multinacional de Coordenação Marítima da zona G saiu de uma reunião interministerial da CEDEAO e da Comissão do Golfo da Guiné, onde se discutiu sobre a protecção e segurança marítima nas regiões da África Ocidental e Central.

MJB/HF

Inforpress/fim 

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