Carnaval/São Vicente: Ministro da Cultura apela às outras ilhas a enviar pessoas para observar como se trabalha (c/áudio)

06-02-2024 20:25

Mindelo, 06 Fev (Inforpress) - O ministro da Cultura afirmou hoje que “ainda não há concorrência à altura daquilo que se faz em São Vicente” a nível do Carnaval e apelou “às outras ilhas a enviarem pessoas para observarem como se trabalha”.

Abraão Vicente fez este apelo nos estaleiros do Carnaval do Samba Tropical, no término da visita aos estaleiros dos cinco grupos que vão desfilar este ano no Carnaval de São Vicente.

“É um apelo que tenho estado a fazer a todos os municípios. Sempre naquela lógica de que ainda não há concorrência à altura daquilo que se faz em São Vicente. Eu lancei o desafio de facto às outras ilhas para enviarem pessoas para observarem como se trabalha aqui. Não só no outro dia passei a mesma mensagem quanto aos ensaios dos grupos e das pessoas. É fundamental perceber o que acontece antes do Carnaval”, pediu o ministro da Cultura que se declarou “profundamente inspirado pela resiliência e pelo trabalho que está a ser feito pelos grupos”.

Segundo o governante, pela “qualidade das histórias” e “pela diversidade” “não há como ter um Carnaval monótono” em São Vicente, porque “todos os grupos esforçam-se para ter algo de criativo”.

Também notou que todos os anos há algum grupo que faz uma homenagem a São Vicente, mas a cada ano “essa reflexão aprofundada”, o que “de certa forma é uma maneira de mostrar a criatividade”. Além disso destacou “o empenho” dos trabalhadores dos estaleiros que “trabalham 24 sobre 24 horas” para aprontar os andores para “estarem a tempo” para o desfile.

No seu entender tudo isso “é uma escola aberta para quem quiser melhorar o Carnaval”.  

Para Abraão Vicente, é “fundamental” conhecer toda a organização, o engajamento dos grupos, os corpos dirigentes de cada um dos grupos e como é que se organizam para compreender também a grandeza daquilo que pode ser o Carnaval do Mindelo.

Pelo que, aproveitou também para reforçar o apelo a um maior envolvimento do sector privado. Isto, explicou, no sentido de contagiar primeiramente as outras ilhas e colocar Cabo Verde como um destino de referência no que se refere ao Carnaval.

“Não é possível fazer um Carnaval dessa dimensão com os recursos que os grupos têm disponível. Como disseram num dos estaleiros, é praticamente um milagre aquilo que acontece no Mindelo e eu vejo as companhias aéreas e os hotéis que estão a fazer promoções, provavelmente, sem nunca ter visitado os estaleiros dos grupos e sem nunca terem perguntado aos dirigentes dos grupos o que é que eles precisam para fazer um upgrade ainda mais no Carnaval”, defendeu.

CD/ZS

Inforpress/Fim

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