São Vicente: Agricultores e criadores agastados com ataques de cães vadios ao gado na Ribeira de Calhau (c/vídeo)
São Vicente: Agricultores e criadores agastados com ataques de cães vadios ao gado na Ribeira de Calhau (c/vídeo)
Mindelo, 30 Jan (Inforpress) – Os agricultores e criadores de animais da localidade da Ribeira de Calhau estão irritados com ataques de cães vadios que tem causado a morte de animais, sobretudo cabras durante a pastagem, acarretando prejuízos aos donos.
À Inforpress, o agricultor e criador de gado António Fortes explicou que os cães vadios são um dos principais problemas que os agricultores têm na zona, muito por culpa de pessoas que levam os animais à Ribeira do Calhau e os abandonam à sua sorte.
“São pessoas da cidade que trazem os cães que não querem em casa e abandona-os aqui, e eles ficam a atracar os animais. Às vezes um pastor sai com um animal para o campo e regressa a faltar três ou quatro cabras porque os cães sempre atacam e matam algum”, explicou.
Segundo a mesma fonte este é um “problema grave” que os criadores de gado e agricultores não conseguem resolver, tendo em conta que os animais se escondem debaixo das acácias que oferecem perigo às pessoas devido às espinhas.
“É lá no meio das acácias que ficam escondidos e se reproduzem. Às vezes quando os pastores vão com as cabras para o campo os cães saem e até atacam as pessoas”, acrescentou, pedindo a intervenção da Câmara Municipal de São Vicente e do Ministério da Agricultura e Ambiente porque, lembrou, os agricultores e criadores de gado “não conseguem fazer o abate de cães com os próprios meios”.
“Têm que defender os cães, porque todos nós precisamos sobreviver, mas é preciso saber defender porque caso contrário os cães ficam e as pessoas morrem”, reforçou.
Além do ataque de cães vadios, segundo a mesma fonte, a população da zona sofre com problemas de água para consumo porque o abastecimento é feito com recurso a autotanques.
Aliada a esses problemas também está a iluminação pública deficiente que é outro entrave é que, conforme António Fortes, faz a população sentir-se “isolada” do resto da ilha.
CD/AA
Inforpress/Fim