Moradores de Caiada saem às ruas no dia 17 em protesto contra "má distribuição de água" na comunidade
Moradores de Caiada saem às ruas no dia 17 em protesto contra "má distribuição de água" na comunidade
Cidade da Praia, 13 Fev (Inforpress) – Os moradores da localidade de Caiada, na Cidade da Praia, saem às ruas no próximo dia 17, sábado, às 16:00, em protesto contra aquilo que consideram de “injúria e falta de respeito” para com a comunidade.
À Inforpress, em representação dos moradores, António Monteiro explicou que a manifestação é para exigir um esclarecimento público da empresa Águas de Santiago (AdS) sobre a “má gestão na distribuição da água” na localidade.
Segundo o morador, há residências com oito meses sem acesso a água e outras com água regular pelo menos duas vezes por semana.
“Não podemos ter cerca de 20 % de casas sem problema e outros 80 % sem água” criticou, avançando que após inúmeras insistências, a AdS foi à localidade desmantelar ligações clandestinas, mas não resolveu a situação.
Para António Monteiro, cabe à empresa criar as condições para distribuir a água de forma equitativa, lembrando que algumas famílias podem não ter o valor para adquirir o líquido à venda em autotanques.
Conforme avançou, o projecto da Associação de Caiada para construir 18 casas de banho encontra-se em “banho maria” devido à falta de água e alertou sobre os problemas para a saúde pública, caso as pessoas comecem a fazer as necessidades nas ruas.
O mesmo adiantou que os moradores ameaçam a partir para outras formas de luta, como deixar de pagar a factura de água “se o problema não for resolvido o mais rapidamente possível”.
Paralelamente, realçou que a manifestação é para exigir uma linha de transporte público, sublinhando que a Linha 15 tem as condições para alargar até a comunidade.
“Tivemos vários encontros e insistências com a empresa, agência de regulação e inclusive fizemos uma proposta se a empresa apresentar custos adicionais no fim do trajecto como poderia ser resolvida e qual a contribuição da comunidade” explicou, ressaltando a dificuldade dos moradores para chegar a outros bairros.
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Inforpress/Fim