Número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassa os 28 mil após 127 dias de guerra
Número de mortos na Faixa de Gaza ultrapassa os 28 mil após 127 dias de guerra
Jerusalém, 10 Fev (Inforpress) – O número de mortos contabilizados na Faixa de Gaza ultrapassou hoje os 28 mil, em consequência dos contínuos ataques israelitas contra este enclave palestiniano, anunciou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo grupo islamita Hamas.
No total, precisou a instituição, 28.064 palestinianos foram mortos e 67.611 ficaram feridos depois de o exército israelita ter matado 117 pessoas nas últimas 24 horas.
O Ministério da Saúde acrescentou que, nas últimas horas, o exército israelita "perpetrou 16 massacres contra famílias na Faixa de Gaza", que também feriram outras 152 pessoas.
De acordo com a agência noticiosa palestiniana Wafa, 25 palestinianos foram mortos nos bombardeamentos israelitas em Rafah, no extremo sul da faixa de terra, até há pouco considerada o único refúgio para os civis, mas agora declarada pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um alvo militar.
Cerca de 1,3 milhões de civis palestinianos encontram-se em Rafah, com enormes carências de bens de primeira necessidade devido ao bloqueio imposto por Israel.
O gabinete do primeiro-ministro israelita afirmou sexta-feira ser "impossível atingir o objectivo de guerra de eliminar o Hamas e deixar quatro batalhões em Rafah”, apelando ao exército para evacuar a área.
Enquanto aguarda que a incursão terrestre se estenda até Rafah, Israel está a intensificar as suas operações militares em Khan Younis, um reduto do Hamas, no sul da Faixa de Gaza, onde está a conduzir uma ofensiva há mais de dois meses, agora concentrada na parte ocidental da cidade.
Nesse local, as forças israelitas mantêm os dois principais hospitais, Naser e Al Amal, sob cerco há 20 dias, tendo os soldados israelitas invadido o seu interior na sexta-feira.
"As forças de ocupação prenderam oito membros do pessoal da associação do Hospital Al Amal, incluindo quatro médicos, para além de quatro feridos e cinco acompanhantes de doentes, revelou o Crescente Vermelho palestiniano, que gere o centro médico.
Segundo aquela organização, os soldados israelitas invadiram o hospital durante cerca de dez horas, período durante o qual "revistaram o hospital, destruíram alguns dispositivos, equipamentos e mobiliário, detiveram funcionários, interrogaram-nos, espancaram-nos e insultaram-nos, e impediram os funcionários e acompanhantes de pacientes de beber água ou usar a casa de banho".
Inforpress/Lusa/Fim