Dia de África: Movimento Federalista Pan-Africano pede mais mobilização e consciência do povo na “defesa da origem”

25-05-2024 10:31

Cidade da Praia, 25 Mai (Inforpress) - O Movimento Federalista Pan Africano defendeu hoje mais mobilização e consciência do povo na defesa da sua origem, porque não é só uma questão de resgatar a identidade mas sim da tomada de consciência, justifica a sua vice-presidente.

Em entrevista à Inforpress no âmbito do Dia de África, que se comemora hoje, 25 de Maio, a vice-presidente do Movimento Federalista Pan-Africano (MFPA), Romina Rocha, considerou também que é uma data “importante” pela sua representatividade na história do povo. “Lembra a nossa mãe”, acrescentou.

“Celebramos essa data para que todos os africanos ganhem a consciência da sua africanidade, da sua força, da sua raiz”, reforçou esta responsável.

A seu ver, a língua é “fundamental” porque representa a africanidade, a origem do povo, sublinhando, no entanto, que ainda há desafios, porque depara-se com situações de “discriminação entre irmãos”, pelo que recomenda a mobilização da elite e da tomada de consciência das pessoas.

“Alguma elite que está a querer negar a nossa origem, isto é, falta uma consciência da nossa elite, principalmente aquela que tem poder de decisão, (…), no sentido de tomar consciência do que é servir, para trabalhar para o bem do povo”.

Neste sentido, segundo a mesma fonte, desde o início do mês de Maio o movimento tem cumprido com uma série de actividades alusivas as comemorações do Dia de África, nomeadamente com rodas de conversas nas escolas da Cidade da Praia, nos municípios de São Domingos e Calheta de São Miguel onde que o ponto focal é a história da África e da origem do povo cabo-verdiano.

Para além destas actividades, segundo o movimento, consta ainda a realização neste sábado, 25, de uma marcha em comemoração à data.

Em 1972, a Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceu o dia 25 de Maio como o Dia de África ou o Dia da Libertação da África.

Este dia recorda a luta pela independência do Continente Africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.

A data é celebrada em vários países de África, um continente com maior número de países, etnias, povos e línguas e adversidades culturais.

A África apresenta 30.230.000 km² de extensão territorial, distribuídos em 54 países, sendo a Nigéria o mais populoso.

OS/ZS

Inforpress/Fim

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