Cultura
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Calheta, 26 Maio (Inforpress) – A Casa das Artes no município de São Miguel passa agora a ‘carregar’ o nome do falecido humorista João Baptista Velhinho Rodrigues, conhecido por Nhu Puxin ou Nastaci Lopi.
Este nome foi atribuído numa cerimónia oficial, na noite deste sábado, 25, após uma cerimónia religiosa, na presença da viúva, dos filhos, irmãos, netos, vários humoristas, amigos, secretária de Estado do Ensino Superior e eleitos municipais.
Em declarações à imprensa, o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, disse tratar-se de uma homenagem a um micaelense de “grande referência” no país e além-fronteiras.
No acto da homenagem, a título póstumo, o autarca considerou que Nhu Puxin foi um “exímio fazedor de cultura” que não se esquecia das suas origens, mantendo durante a sua juventude uma ligação afectiva com o município de São Miguel, onde aproveitava todas as oportunidades para brindar as pessoas com “gaiatices encantadoras”.
A homenagem, segundo o autarca, é para perpetuar e eternizar a sua memória, valorizar o seu trabalho e o contributo que deu para a cultura cabo-verdiana.
“Foi um grande democrata, promotor da liberdade, mas também um grande artista e, enquanto cidadão e humorista, em todos os locais por onde passava falava de São Miguel, que era o seu amor maior, onde viveu juntamente com os seus pais durante alguns anos”, descreveu o autarca, realçando que foi um grande defensor da elevação da então freguesia de São Miguel Arcanjo à categoria de município, além de ter liderado grandes projectos na área da cultura.
Marcos Velhinho, um dos filhos do homenageado, lembrou com emoção e satisfação o poder do seu pai em fascinar as pessoas com o seu trabalho e arrancar as gargalhadas de todos e que hoje é uma “figura incontornável do humor e da cultura cabo-verdiana”.
“No fundo Nhu Puxin foi uma pessoa alegre, que fazia todos rirem, apesar de uma certa timidez dos cabo-verdianos, mas ele sempre deu uma força ao seu povo”, relembrou, sublinhando que ele também, além de humorista foi músico, actor de teatro, foi o primeiro homem a falar crioulo na rádio, o primeiro a falar o crioulo na televisão.
É de lembrar que o humorista cabo-verdiano Nhu Puxin, foi vocalista da banda Sodade, em 1969, e apresentador de vários programas radiofónicos e televisivos, tendo falecido no passado 26 de Abril, nos Estados Unidos da América, aos 82 anos, vítima de doença prolongada.
MC/HF
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 26 Mai (Inforpress) – A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) será palco de 27 a 29 deste mês, do I Simpósio de Literatura Infantil e Juvenil de Cabo Verde, promovido pelo Leitorado Brasileiro do Instituto Guimarães Rosa.
Trata-se de um evento, segundo informações desta universidade pública, que envolve pesquisadores, educadores, autores, comunidade, instituições e congrega entusiastas do livro, sociedade civil, educadores e pesquisadores de Cabo Verde, Portugal e Brasil.
O evento tem como propósito discutir a situação da produção de literatura infantil e juvenil em Cabo Verde, com o intuito de incentivar a pesquisa académica na área e promover a literacia e a leitura.
“Toda a comunidade académica está convidada para partilhar este momento e reflectir sobre nossa responsabilidade como incentivadores da leitura e pensar colectivamente sobre práticas e caminhos para construir uma sociedade leitora (hábito que começa na infância)”, refere a mesma fonte.
A sessão de abertura será no dia 27, pelas 09:30, no auditório 08 da referida universidade.
ET/HF
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 25 Mai (Inforpress) - O director executivo do Festival internacional de cinema e DjârFogo Internacional Film Festival, Guenny Pires, anunciou hoje que o projecto “África Film Lab” prevê a criação de uma escola de cinema em Cabo Verde.
Guenny K. Pires, que é cineasta cabo-verdiano/americano radicado nos Estados Unidos da América, falava à Inforpress, hoje na cidade da Praia, à margem do workshop masterclasses de produção cinematográfica que decorre no Palácio da Cultura Ildo Lobo no âmbito do projecto educacional “Africa Film Lab/Film”.
Explicou que a iniciativa se enquadra na quarta edição do DjârFogo International Film Festival" (DIFF), que acontece na Cidade da Praia, de 24 a 28 de Maio, em celebração do centenário de Amílcar Cabral e do cinema africano.
A mesma fonte adiantou igualmente que o projecto “Africa Film Lab” é um programa desenhado para ensinar aos cineastas cabo-verdianas como produzir filmes profissionalmente, ou seja, técnicas que lhes permite escrever, filmar, fazer a pós-produção, mas sobretudo como apresentar o projecto para um festival de filme.
“Tendo em conta que em Cabo Verde não há muitas formações nesta área, e não tem uma escola de cinema, a nossa ideia é transformar o projecto “África Film Lab”, e nos próximos cinco anos criar uma escola de cinema para dar curso direccionado ao cinema”, precisou.
Segundo Guenny Pires, o programa educacional Africa Film Lab promove debates, mentorias e workshops para jovens e profissionais desta área.
Este é o primeiro de três programas enquadrados na quarta edição do DjârFogo International Film Festival que terá continuidade nos meses de Setembro e Novembro.
O DIFF é um festival internacional de cinema criado pela Txan Film, uma produtora independente dirigida por Guenny K. Pires, e conta com a parceria da Mount Saint Mary’s University/Hollywood Studio Campus, da Fundação Amílcar Cabral.
O evento conta ainda com apoio da Presidência da República de Cabo Verde, Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, Câmara Municipal da Praia, Universidade de Cabo Verde, Instituto Pedro Pires, Oásis Atlântico, Embaixadas dos EUA e Cuba, Centro Cultural Português entre outros parceiros.
AV/ZS
Inforpress/Fim
Porto Novo, 25 Mai (Inforpress) – As festividades de São João no município do Porto Novo, em Santo Antão, arrancaram hoje com actividades de entretenimento no espaço da aldeia cultural “Nós Raiz”, conforme o programa das festas a que a Inforpress teve acesso.
O programa arrancou em simultâneo na cidade do Porto Novo e na vila da Ribeira das Patas, que são os dois pontos do município do Porto Novo onde acontecem as festividades de São João Baptista.
De entre outras actividades, o programa destaca um workshop de toca tambor, a tradicional alvorada de tamboreiros, o festival de vozes infantis, a feira agro-pecuária de Santo Antão, um encontro dos emigrantes em férias, uma feira de livros, o desfile dos grupos de romaria, a edição 2024 da morna fest, peregrinação e corrida de cavalos.
Josslyn Medina, Gil Semedo, Nelson Freitas, os Ferro Gaita, os Cordas do Sol, Blaya, Elji Beatzkilla, Neyna e Dino Oliveira compõem o cartaz musical das festividades.
JM/ZS
Porto Novo, 25 Mai (Inforpress) - Uma mostra da cultura africana a nível da dança e da música assinala hoje as comemorações do Dia da África no município do Porto Novo, em Santo Antão, numa iniciativa da edilidade porto-novense.
Numa nota publicada a propósito deste dia, a Câmara Municipal do Porto Novo destacou as actividades que, nos últimos dias, assinalaram a efeméride, que culminaram hoje com uma mostra da cultura africana envolvendo a comunidade dos estrangeiros residentes neste concelho.
Residem no município do Porto Novo perto de 60 cidadãos estrangeiros, designadamente da Costa Ocidental Africana, que destacam a renovação ou legalização de residência e a aquisição de terrenos para investimentos como sendo algumas das preocupações desta comunidade.
Porto Novo dispõe de um gabinete de apoio ao emigrante, criado pela Câmara Municipal do Porto Novo em 2021, que tem garantido suporte aos cidadãos estrangeiros, designadamente a nível da obtenção da autorização de residência.
Na ilha de Santo Antão residem mais de uma centena de cidadãos estrangeiros, sendo 59 no Porto Novo, 49 na Ribeira Grande e os restantes no Paul, muitos dos quais a enfrentar dificuldades na renovação ou legalização de residência, informou a associação dos estrangeiros residentes nesta ilha.
Em 1972, a Organização das Nações Unidas estabeleceu o dia 25 de Maio como o Dia de África ou o Dia da Libertação da África.
Este dia recorda a luta pela independência do Continente Africano, contra a colonização europeia e contra o regime do Apartheid, assim como simboliza o desejo de um continente mais unido, organizado, desenvolvido e livre.
A data é celebrada em vários países de África, um continente com maior número de países, etnias, povos e línguas e adversidades culturais.
A África apresenta 30.230.000 km² de extensão territorial, distribuídos em 54 países, sendo a Nigéria o mais populoso.
JM/ZS
Inforpress/Fim
Mindelo, 25 Mai (Inforpress) – Os grupos carnavalescos de São Vicente realizaram na manhã de hoje, na Rua de Lisboa, um ´flash mob´ para comemorar o Dia de África, mas que também serviu para reforçar a união entre grupos.
A apresentação, que durou cerca de 15 minutos e fechou por este período de tempo a principal rua da cidade do Mindelo, partiu da iniciativa do Cruzeiros do Norte, que, conforme o presidente do grupo, Jailson Juff, quis assinalar de forma diferente o Dia de África.
Isto porque, há já três anos que realizam actividades para comemorar a data, mais precisamente em Cruz-João Évora, zona onde o grupo é oriundo, mas desta vez quiseram fazer algo na rua.
“Nos juntamos aqui por estes 15 minutos para que este dia não passasse em branco, porque temos que lembrar que somos africanos e temos de comemorar sempre”, considerou Jailson Juff.
Por outra via, o evento, segundo a mesma fonte, representou a união dos grupos do Carnaval que quiseram passar o exemplo ao mundo e aos africanos sobre a necessidade de se estar unido para o desenvolvimento de África.
Uma união também reforçada pelo presidente do grupo Monte Sossego, António Duarte, também conhecido por Patcha, e que tem sido um dos principais “rivais” do “Cruzeiros do Norte” nos desfiles.
“No Carnaval de São Vicente sempre haverá rivalidade, mas tem que ser uma rivalidade saudável, obviamente, porque precisamos no processo e após o Carnaval continuar a conviver”, sublinhou Patcha, para quem não há forma de um grupo contribuir individualmente para o crescimento da festa do Mindelo.
Segundo a mesma fonte, o grupo Monte Sossego tem colaborado sempre com os Cruzeiros do Norte na realização das actividades de Dia de África, para os quais tem sido convidado e vai estar “sempre disponível” para outras participações.
Além de Monte Sossego, a actividade contou ainda com a presença de elementos da Escola de Samba Tropical e Flores do Mindelo, sendo Estrela do Mar, o único grupo oficial a estar ausente.
Também não teve divulgação prévia, uma vez que, conforme Jailson Juff, quiseram manter o efeito surpresa, para que não houvesse muita acumulação de pessoas e afectar a circulação do trânsito.
Mesmo assim o `flash mob´ teve a assistência de várias pessoas que circulavam pelo centro da cidade do Mindelo e vibraram ao som da batucada, que trazia à frente as rainhas de bateria dos diferentes grupos, porta-bandeiras, mestres-salas, mandinga e alguns figurantes.
LN/ZS
Inforpress/Fim
Mindelo, 24 Mai (Inforpress) – A investigadora portuguesa Maria de Lurdes Caldas desafiou os cabo-verdianos a assumirem a primeira mulher de letras do País, Antónia Pusich, como figura nacional e não deixarem morrer o seu legado que transpassa diversas áreas.
A investigadora, que também é autora do livro “Antónia Pusich, Uma mulher invulgar”, deixou o repto durante uma conferência realizada na quinta-feira, 23, no Centro de Língua Portuguesa do Mindelo, para estudantes da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e outros espectadores.
Durante o evento, que foi presenciado pela Inforpress, Maria de Lurdes Caldas passou um breve olhar sobre a vida da escritora nascida na ilha de São Nicolau, em 1805, filha de mãe portuguesa e pai croata, que foi intendente da Marinha e governador-Geral de Cabo Verde.
Realçando os “feitos extraordinários” da cabo-verdiana, que viveu a maior parte da sua vida em Portugal, ressaltou o facto de ser preciso dar a conhecer mais Antónia Pusich e a “ressuscitar” como figura nacional.
No seu caso, disse estar a organizar algumas actividades, juntamente com outros parceiros, para assinalar os 220 anos de nascença de Pusich, desde conferências nas cidades da Praia e do Mindelo, exposição bio-bibliográfica, e espera o mesmo das autoridades.
“Esperemos que, em 2033, quando se celebrar os 150 anos da sua morte, então assim, seja um acontecimento verdadeiramente nacional”, exortou, lançando o desafio tanto para as autoridades cabo-verdianas, como para as autoridades portuguesas, que acredita estarem a portar-se “muito mal” neste quesito.
Razões para a valorização de Antónia Pusich diz não faltar, uma vez que a mesma foi pioneira em diversos domínios, a começar por ser a primeira mulher a fundar, dirigir e ser redactora principal de um jornal, e que escrevia o seu nome no cabeçalho do periódico, “o que não era pouca coisa em meados do século XIX”, sublinhou.
Por outro lado, enumerou, teve intervenção política, chegando mesmo a fazer campanha eleitoral para o político português António Bernardo da Costa Cabral, “afrontava” assembleias e foi uma lutadora pelo acesso das mulheres à instrução, que não apenas à instrução primária, não apenas aos bordados e ao piano e ao francês, mas à uma instrução mais literária e científica.
“Ela foi pioneira em várias áreas e por isso não a devemos esquecer, mesmo que não tivesse produzido tanto como produziu. E realmente ela produziu em vários géneros literários”, considerou Maria de Lurdes Caldas, lembrando que Pusich escreveu o primeiro romance de autoria cabo-verdiana, ““Olinda ou A Abadia de Connor Place”, escrito em 1844, publicado em 1848.
Obra essa que foi agora reeditada pela Livraria Pedro Cardoso Editora e que, no entender da investigadora portuguesa, deveria ser de consulta obrigatória.
Tudo isso para que a nova geração possa conhecer e se interessar pela “dimensão enorme” desta mulher, que foi o “símbolo de resiliência” de um Cabo Verde “com mais de 500 anos de história e que precisa ser estudado e investigado, através de figuras como Antónia Gertrudes Pusich e várias outras que estão escondidas no túnel do tempo”, tal como o repto lançado pela Maria de Lurdes Caldas aos estudantes.
Como forma de incentivo, no próximo mês de Junho, na Cidade da Praia, vai ser realizado um programa à volta da escritora cabo-verdiana, desde exposição bio-bibliográfica, recital de poemas, sarau musical e ainda o lançamento do livro editado pela Livraria Pedro Cardoso.
LN/JMV
Inforpress/Fim
Lisboa, 24 Mai (Inforpress) - O “Alerta - Cabral ka Mori” (Cabral não morreu), um projecto criado pelo Terreru Music para celebrar o legado de Amílcar Cabral, vai ser apresentado hoje em Lisboa, com o lançamento do EP com o mesmo nome.
O projecto foi criado no âmbito da celebração do centenário natalício de Amílcar Cabral, considerado pelos integrantes do Terreru Music, Maruka Tavares (compositor, cantor e instrumentista), Calú de Guida (compositor), Joy Amado (compositor e produtor), Jacinto Fernandes (artista, um designer, um pensador cultural) e Djinho Barbosa (músico e compositor), “uma figura histórica e um símbolo de liderança em Cabo Verde e no mundo”.
Em declarações à Inforpress, Djinho Barbosa avançou que o projecto “Alerta - Cabral ka Mori”, que será hoje apresentado em evento na Associação Caboverdeana (ACV) em Lisboa, é “ambicioso e inovador”, fazendo uma combinação de música, arte e colaboração educacional.
“Este ano, entendemos que não podíamos deixar a celebração do centenário passar sem uma música de fundo ou presente, como as pessoas queiram. Portanto, fizemos quatro músicas para ajudar nesse processo da celebração no âmbito do projecto “Alerta - Cabral ka Mori” e a primeira música vai sair hoje nas plataformas digitais”, explicou Djinho Barbosa.
De acordo com a mesma fonte, o projecto irá reunir personalidades, instituições de ensino superior, organizações e empresas que incorporam os traços de liderança de Amílcar Cabral e sua visão de unidade, libertação e justiça social, sendo que com o lançamento do seu mais novo EP, o Terreru Music pretende “honrar a visão de Cabral e inspirar uma nova geração a continuar sua luta por um mundo melhor”.
“Através da nossa música e iniciativas educacionais, esforçamo-nos para criar uma plataforma para diálogo, reflexão e mudança positiva”, esclareceu, indicando que o “Alerta - Cabral ka Mori” não é só um projecto musical.
Conforme o músico Djinho Barbosa, que já fez parte de grupos musicais como Finaçon e Abel Djassi, o Terreru Music, que tem todos os seus integrantes a residir nos Estados Unidos da América (EUA), lançou “com sucesso”, em 2021, o EP “TestaSon” em homenagem ao Kaká Barbosa, e em 2022, o “RefleSon”, em homenagem ao Carlos Alberto Martins - Catchás.
“Nós estamos nos Estados Unidos, eu acho que temos uma missão, talvez pelo facto de estarmos também presentes lá, de desenvolver actividades que sejam pertinentes e importantes naquela área da comunidade, influenciar a música de Cabo Verde na diáspora nos Estados Unidos. E se alguém em Cabo Verde entender que a gente deve ir lá para fazer alguma coisa, de certeza iríamos, mas não estou a ver que seja um horizonte muito, muito próximo”, considerou.
Para Djinho Barbosa, levar o projecto a Cabo Verde seria uma grande oportunidade para que a música que o grupo faz seja percebida e entendida, considerando que a música feita hoje em dia tem a ver “mais com o divertimento do que se pensar através da música”.
O Terreru é um colectivo de cinco amigos unidos pela paixão pela música e dedicados a usar a música para “engajamento, educação, empoderamento e mudança social”, fundado durante a pandemia de 2020, tendo evoluído para uma “plataforma dinâmica de colaboração criativa, celebrando o património cultural e inspirando acções positivas” através de seus projectos.
DR/CP
Inforpress/Fim
Ribeira Brava, 24 Mai (Inforpress) – A Câmara Municipal do Tarrafal de São Nicolau anunciou hoje a data para a realização da 17ª edição do festival de música da Praia Tedja e da 9ª edição do festival gastronómico do Atum.
Segundo uma nota da autarquia, a que a Inforpress teve acesso, o executivo camarário, reunido em sessão ordinária, agendou para os dias 03 e 04 de Agosto a realização da 9.ª edição do festival gastronómico do Atum.
Já o Festival de música Praia d'Tedja ficou agendado para o dia 23 e 24 do mesmo mês, ambos na Cidade do Tarrafal.
Estes dois eventos são realizados a propósito do dia do Município do Tarrafal de São Nicolau, celebrado a 02 de Agosto.
WM/HF
Inforpress/Fim
São Filipe, 24 Mai (Inforpress) – O artista e violinista foguense Manuel Ledo Pontes, artisticamente conhecido por Breka, é homenageado este sábado, 25, no polivalente da comunidade de Lomba de onde é originário.
Breka, nascido no ano de 1958 é parente do lendário artista foguense Minó de Mamá e faz parte da linhagem dos violinistas da ilha do Fogo.
A ideia de homenagear Breka surgiu tendo em conta que o violinista encontra-se a passar por algumas necessidades devido a problemas de saúde que lhe dificultam o exercício da sua profissão e consequentemente com impacto no rendimento familiar.
O acto de homenagem contará com a presença de várias personalidades e convidados da ilha, nomeadamente dos presidentes da Câmara e da Assembleia Municipais e de toda equipa camarária de São Filipe.
Na década de 2000, “Breka” liderou um grupo de música tradicional em São Filipe, antes de mudar-se para a capital do país onde passou a tocar em bares com música ao vivo.
Mesmo exercendo a sua carreira musical “Breka” nunca deixou de ser agricultor, usando tanto a enxada quanto o violino em sua vida quotidiana.
Ele aprendeu a tocar o violino por volta dos 17 anos com um artista de nome Armindo de Ana da localidade de Ponta Verde e foi nessa época que animou seu primeiro baile e posteriormente conheceu o violonista Linkin que o ajudou a aperfeiçoar suas habilidades no violino.
Desde então, ele tem se apresentado em todo o arquipélago de Cabo Verde e nas comunidades cabo-verdianas em Portugal e nos Estados Unidos tornando-se num exemplo notável da rica tradição musical de Cabo Verde e em particular da ilha do Fogo, e sua habilidade no violino continua a encantar audiências em todo o mundo.
A homenagem inicia-se com a actuação do grupo musical “Pó de Lume” e do artista foguense Bidonga, assim como do próprio homenageado, seguindo a entrega de certificado de reconhecimento ao violinista e da intervenção do presidente da câmara de São Filipe, Nuías Silva, e de actuação de artistas e Dj convidados.
JR/ZS
Inforpress/Fim
Mindelo, 24 Mai (Inforpress) – A quarta edição do Festival Txon-poesia, que arrancou esta quinta-feira, no Mindelo, pretende combater o “preconceito” em relação à linguagem poética e tornar-se um “momento único” de partilha desta arte, asseverou José Pinto, membro da organização.
Em declarações à imprensa, José Pinto disse que o evento tem por objectivo tornar-se um “momento único” de partilha de poemas e de aproximação da poesia e da literatura à vida das pessoas.
“Por isso, também pensámos nesta programação em rede para abranger centros culturais e livrarias, para que, no fundo, também se perca um bocadinho este preconceito que às vezes se tem relativamente à linguagem poética”, sustentou a mesma fonte.
Isto porque, defendeu, “sabe-se perfeitamente que um poema pode transformar vidas para melhor, inspirar novas ideias, outras formas de pensar, outras perspectivas e até potenciar a felicidade”.
Neste sentido, afiançou, trazem a Mindelo poetas jovens e uma convidada internacional, a escritora natural de São Tomé e Príncipe, Olinda Beja.
“Queremos promover estes espaços de partilha de ideias, de reflexões, também em torno de alguns temas que nós achamos que estão ligados à poesia, que não é só o texto, é imagem, é também cinema”, considerou José Pinto.
A quarta edição do Festival Txon-poesia tem como homenageado o herói da nação Amílcar Cabral que, asseverou a mesma fonte, mostra ser a personificação de “um poeta como um visionário”, alguém que “imagina o futuro”.
“Queremos prestar homenagem a partir da obra de Cabral, no sentido também de se poder transmitir às pessoas que a poesia não é só a escrita, que a poesia também tem visão, também tem uma projecção daquilo que nós sonhamos para o nosso contexto, para a nossa cidade, para o nosso país”, realçou.
Com estes objectivos em mente, a programação, que se estende até sábado, 25, propõe apresentar performances poéticas, projecção de filmes, conversas em torno de obras, ‘show case’, oficinas e outras actividades, desenvolvidas nos espaços da Alternativa Galeria, Centro Cultural Português – Polo do Mindelo e Centro de Língua Portuguesa do Mindelo.
LN/HF
Inforpress/Fim
Cidade Praia, 23 Mai (Inforpress) - A Cidade da Praia irá acolher entre os dias 24 e 28 de Maio o primeiro evento da quarta edição do DjârFogo International Film Festival (DIFF), em celebração do centenário de Amílcar Cabral e do cinema africano.
Sob o lema “Liberação através da Cultura”, serão cinco dias de celebração totalmente dedicados ao cinema africano, que contará com a presença de renomados e premiados cineastas internacionais, através da exibição de filmes de cineastas de: Angola, Cabo Verde, Gana, Guiné-Bissau/Suécia e São Tomé e Príncipe e Senegal.
De acordo com um comunicado enviado à Inforpress, o evento privilegia o programa educacional Africa Film Lab/Filmmaking Mentorship através da promoção de debates, mentorias e workshops para jovens e profissionais.
Este é o primeiro de três programas enquadrados na quarta edição do DjârFogo International Film Festival que terá continuidade nos meses de Setembro e Novembro.
A decorrer paralelamente em três palcos, com a abertura marcada para o dia 24 às 17:45 no Centro Cultural Português, seguindo-se o Palácio da Cultura Ildo Lobo nos dias 25 e 26, e finalizando no dia 27 na Uni-CV, o evento pretende alcançar um público diversificado e promover o debate sobre o Cinema como forma de celebrar o legado de Cabral.
O DIFF é um festival internacional de cinema criado pela Txan Film, uma produtora independente dirigida pelo cineasta cabo-verdiano/americano Guenny K. Pires, radicado nos Estados Unidos da América, e conta com a parceria da Mount Saint Mary’s University/Hollywood Studio Campus, da Fundação Amílcar Cabral.
O evento conta ainda com apoio da Presidência da República de Cabo Verde, Ministério da Cultura e das Indústrias Criativas, Câmara Municipal da Praia, Universidade de Cabo Verde, Instituto Pedro Pires, Oásis Atlântico, Embaixada dos EUA, Cuba, Centro Cultural Português entre outros parceiros.
TC/ZS
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 23 Mai (Inforpress) - O músico santiaguense Manuel Lopes Andrade, conhecido no mundo artístico por “Tcheka” vai lançar, em Dezembro, o seu sexto álbum musical denominado “Espera Mundo”, informou o artista.
Em entrevista à Inforpress, Tcheka disse que este trabalho, que não foi lançado ainda “devido a alguns contratempos”, retrata o que tem acontecido no mundo passando pela pandemia até às alterações climáticas.
“Traz uma mensagem de despertar da esperança de que o mar leve as coisas más para nos trazer coisas boas”, contou o autor do “Argui”, lançado em 2003 e que marcou a sua estreia na discografia.
Tcheka avançou ainda que neste trabalho, que conta com sua produção, traz alguma inovação sem perder a sua identidade, fruto das experiências adquiridas nos espectáculos que tem realizado nos últimos anos pela Europa.
“Consegui fazer outra coisa, com novas sonoridades, mas sem perder a originalidade de Tcheka”, precisou o músico que neste sábado, 25, apresenta um concerto intimista na Assembleia Nacional, na Cidade da Praia.
Por outro lado, em véspera de mais uma gala do Cabo Verde Music Awards (CVMA), a realizar-se no próximo dia 01 de Junho no Porto da Praia, Tcheka considerou se tratar de uma “boa” forma de promover a música e os artistas.
“Mas, por outro lado, precisa de um outro tipo de premiação, ou seja, um prémio com significado, que promova os artistas a trabalharem mais”, apontou o músico, considerando que Cabo Verde precisa “urgente” de uma Conservatória de Música.
Isto porque, segundo o entrevistado da Inforpress, a falta de uma formação musical tem levado ao aparecimento de MC´s, “aliada às facilidades das novas tecnologias”, lhes proporcionam um retorno económico muito mais fácil.
“Precisamos investir na nossa música tradicional e para isso tem que formar músicos”, apontou Tcheka, considerando que os cabo-verdianos estão a precisar de mais educação musical, que, conforme reiterou, passa pela criação de uma Conservatória de Música.
Instado a pronunciar sobre o seu percurso musical, que começou muito cedo [nove anos], sendo filho do violinista Nhô Raul Andrade, cuja casa era uma verdadeira escola de música em Ribeira da Barca (Santa Catarina), Tcheka disse que está na música também com a missão de contar histórias.
De seu nome Manuel Lopes Andrade, Tcheka é autor, compositor e intérprete de toda a sua obra, que remonta ao ano de 2000. Editou o seu primeiro álbum ‘Argui!’, em 2003, que consagrou ao renascer do batuque, um ritmo tradicional feminino da ilha de Santiago, de onde é oriundo.
Editou o seu primeiro álbum “Argui” em 2003, seguido de Nu Monda (2005), Lonji (2007), Dor De Mar (2011) e Boka Kafé (2017).
É considerado um dos mais originais e criativos músicos e intérpretes de Cabo Verde.
OM/ZS
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 23 Mai (Inforpress) - O realizador cinematográfico radicado nos Países Baixos Ivan Barbosa está neste momento a preparar um documentário sobre a diversidade da música cabo-verdiana.
A informação foi hoje revelada pelo realizador de ascendência cabo-verdiana, à margem do encontro que manteve na quarta-feira, 22, com o presidente da Associação de Cinema e Audiovisual de Cabo Verde (ACACV), enfatizando o seu compromisso em explorar e celebrar a musicalidade única do arquipélago.
Ivan Barbosa encontra-se actualmente em Cabo Verde a estabelecer contactos em diversas ilhas, incluindo Santo Antão, São Vicente e Santiago, com planos futuros de expandir a sua pesquisa para outras regiões do país.
"Os meus pais são cabo-verdianos, nasci nos Países Baixos, onde exerço a profissão de realizador, mas tenho um grande apreço pela minha cultura cabo-verdiana. E, em relação aos cabo-verdianos, sei que não importa de que ilha ou país são, a música é algo que os une", afirmou.
"Quando você vai para outro país, é a música que você leva consigo. A música está em tudo, nas festas, em todos os cantos", completou, enfatizando a identidade cabo-verdiana em relação à música e à história da música cabo-verdiana.
O realizador ressaltou ainda a importância de incluir a diáspora cabo-verdiana em seu documentário, estendendo seus contactos até países como França, Estados Unidos da América e Portugal.
Como adiantou à Inforpress, está ávido por descobrir histórias, ideias e aspectos que enriquecerão o filme, destacando a disseminação global da cultura cabo-verdiana ao longo da história.
“Queremos ir para onde tem crioulo. Cabo Verde é um país de emigrantes. Sempre foi. A história de Cabo Verde está espalhada pelo mundo”, reforçou Ivan Barbosa, que revelou que quando esta parte estiver pronta, escreverá o filme e dar-lhe-á um título.
Os géneros e os ritmos tradicionais são a base da história, mas Ivan Barbosa revelou que as influências e as modernidades vão fazer parte do projecto, tendo anunciado que as gravações começarão num período de seis a um ano.
TC/AA
Inforpress/Fim
Porto Novo, 23 Mai (Inforpress) – A companhia teatral de Santo Antão Juventude em Marcha já se encontra nos Países Baixos onde está a preparar o espectáculo agendado para o dia 01 de Junho na famosa sala Oude Luxor.
Depois do Luxemburgo, Juventude em Marcha, que está em digressão pela Europa, já está nos Países Baixos onde vai exibir no primeiro dia de Junho, em estreia, a peça Problema de Família II, disse hoje à Inforpress o líder do grupo, Jorge Martins.
“Já estamos nos Países Baixos na preparação do ‘mega-show’ no dia 01 de junho, na sala Oude Luxor, que engloba o teatro, com a estreia da peça Problemas de Família II, e música, com os artistas Dina Medina, Chauntel, Dino Oliveira e Beto Alves, que terão acompanhamento de banda Djoy, além de um convívio dançante.
No dia 09 de Junho, Juventude em Marcha participará nas celebrações dos 60 anos de emigração, em Fameck (França), regressando a Cabo Verde no dia 10 de Junho, tendo como próxima paragem as festas de São António das Pombas, no Paul.
Jorge Martins disse à Inforpress que a companhia teatral, que está na Europa a comemorar os seus 40 anos de existência, está sendo “bem acolhida” pela diáspora cabo-verdiana, pelos familiares e amigos nesses países, que decidiram abraçar as celebrações do quadragésimo aniversário do grupo.
“Juventude em Marcha agradece do fundo do coração. Daí, a razão de se render uma singela homenagem às nossas comunidades radicadas nesses países. E vai continuar a fazê-lo noutras paragens do mundo globalizado por onde labuta os nossos irmãos cabo-verdianos, prova da sua tenacidade, integração, contribuição e bravura nos países de acolhimento”, notou este actor e realizador.
Esta tournée à Europa, iniciada na primeira semana de Maio, insere-se nas comemorações dos 40 anos da companhia teatral que, em Maio, foi condecorado pelo Governo com o Primeiro Grau da Medalha de Mérito, entregue aos actores Jorge Martins, César Lélis e Olga Fortes.
JM/AA
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 22 Mai (Inforpress) – O vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia, disse hoje, na cidade da Praia, que é uma obrigação homenagear, reconhecer e valorizar Jorge Barbosa e os poetas de Cabo Verde.
O governante teceu estas informações à imprensa, à margem de descerramento do busto de Jorge Barbosa e inauguração da Rampa dos Poeta, uma homenagem promovida pelo Governo, através do Ministério das Finanças e do Fomento Empresarial, em parceria com a Assembleia Municipal da Praia e a Academia Cabo-verdiana de Letras.
Conforme enfatizou Olavo Correia, esta é mais do que um tributo, é um reconhecimento do valor inestimável da cultura cabo-verdiana.
“Eu penso que é um dever. É uma obrigação, enquanto cidadão e político, com uma intervenção forte na área financeira, mas também com uma sensibilidade para a área cultural. É uma obrigação reconhecer e valorizar a nossa cultura. Porque só tem futuro quem tiver um passado, quem tiver uma história, e, sobretudo, quem souber valorizar a sua história e a sua cultura”, declarou.
O ministro destacou ainda a conexão histórica entre a cultura e o sector financeiro em Cabo Verde, mencionando que muitas das “grandes” figuras culturais do país, desde os séculos XV a XVIII, tinham ligações estreitas com o mundo financeiro, seja na banca, nas finanças, nas alfândegas ou nos seguros.
"Queremos olhar para esses dois mundos e procurar valorizar as figuras cabo-verdianas que estiveram envolvidas neles", afirmou.
A cerimónia marcou a inauguração do Jardim Jorge Barbosa, de uma sala de conferências e de uma galeria de ilustres, onde figuras importantes dos mundos da cultura e das finanças, incluindo Jorge Barbosa, são celebradas.
A ideia, segundo o Ministro das Finanças, é humanizar o Ministério das Finanças, torná-lo num centro cultural, num espaço de exposição da arte e da cultura, onde as pessoas “respiram a cultura e falam das finanças”, ressaltou Olavo Correia, para quem tudo fará para engrandecer as figuras ilustres do País.
Olavo Correia anunciou um novo projecto destinado a preservar e valorizar os túmulos de figuras históricas importantes do país que necessitam de intervenção.
“Depois de várias figuras, é mais uma figura que colocamos na via pública, sendo que temos mais 12 homenagens logo a seguir, entre as quais figuras como Osvaldo Osório, José Lopes, António Aurélio Gonçalves, Dina Salústio… um conjunto de figuras que, basicamente, visam colmatar esta falha histórica que temos em Cabo Verde, a de não homenagear cabo-verdianos no pós-75”, disse o ministro da Cultura e da Indústrias Criativas, Abraão Vicente, por outro lado.
Zilda Barbosa, filha de Jorge Barbosa, expressou sua profunda gratidão e orgulho pelo reconhecimento concedido a seu pai.
"Esta homenagem é uma honra para mim. Estou muito feliz pela homenagem e por rever meu pai em muitos aspectos", ressalvou.
O busto de Jorge Vera-Cruz Barbosa fica no Ministério das Finanças, onde nasceu o escritor a 22 de Maio de 1902.
O poeta fez os seus estudos primários entre Lisboa e a Cidade da Praia. Aos dezoito anos começou a trabalhar na Alfândega de São Vicente. Aposentou-se na Ilha do Sal em 1967. Em 1970, já debilitado, foi viver para Lisboa, onde faleceu.
TC/JMV
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Mindelo, 22 Mai (Inforpress) – A Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) realiza na quinta-feira, 23, no Mindelo, uma conferência para abordar a trajectória de Antónia Pusich como a primeira mulher de letras do País.
Conforme informações da universidade, o evento acontece no espaço Camões - Centro de Língua Portuguesa no Mindelo, da Faculdade de Ciências Sociais, Humanas e Artes (FCSHA), edifício do Liceu Velho, antigo Liceu Gil Eanes.
Pretende-se, conforme a mesma fonte, discorrer sobre vida e obra da escritora cabo-verdiana versando sobre o tema “Antónia Pusich – a primeira mulher de letras cabo-verdiana”.
A conferência será proferida pela investigadora Integrada do Centro de Humanidades da Universidade Nova de Lisboa (CHAM), Maria de Lurdes Caldas, e moderada pelo professor Valódia Monteiro.
Antónia Gertrudes Pusich, conhecida como “grande escritora, jornalista, música e feminista portuguesa” do século XIX, é, na verdade, natural de Cabo Verde, ilha de São Nicolau, onde nasceu a 01 de Outubro de 1805, como quinta filha de António Pusich, que foi intendente da Marinha e governador-Geral de Cabo Verde.
Foi a primeira mulher que, como jornalista e directora de publicações periódicas, pôs o seu nome no cabeçalho, sem se esconder atrás de um pseudónimo masculino, como até aí outras mulheres o haviam feito.
A escritora fundou e dirigiu os jornais “Assembleia Literária” (jornal de instrução), Lisboa, [1849?]-1851; “Beneficência” (jornal dedicado à Associação consoladora dos aflitos), Lisboa, 1852-1855; e “A cruzada” (jornal religioso e literário), Lisboa, 1858.
Da vasta obra que deixou publicada, destaca-se o poema “Olinda ou A Abadia de Connor Place” (1848) e “Saudade” (1859). Fez teatro e escreveu sobre membros da família real, como “Canto saudoso ou lamentos na solidão à memória do Dom Pedro Quinto” (1861), e até redigiu uma monografia sobre o seu pai, em 1872.
Antónia Pusich colaborou no Almanaque de Lembranças Luso-Brasileiro (Lisboa, 1851-1932), tendo sido o primeiro escritor de Cabo Verde, e mulher, a ali publicar, no caso, o poema “Um cipreste”, no seu número de 1854.
LN/CP
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Cidade da Praia, 22 Mai (Inforpress) – O músico santiaguense Tcheka apresenta este sábado, 25, na Assembleia Nacional, na cidade da Praia, um concerto intimista após vários anos sem uma apresentação a solo em Cabo Verde.
Em declarações à Inforpress, o artista, natural de Ribeira da Barca, na ilha de Santiago, avançou que durante este espectáculo vai deixar um "cheirinho" do seu novo trabalho e lembrar antigos sucessos.
"Dentro do meu projecto, tenho três formas de apresentar: com banda, acompanhado de um pianista e a solo, ou seja, vai ser um concerto intimista", precisou Tcheka, que no ano passado actuou com banda no Kriol Jazz Festival, na cidade da Praia.
Este concerto intimista, segundo Tcheka, será uma oportunidade de apresentar as suas canções aos praienses num lugar acolhedor e de proximidade.
Manuel Lopes Andrade, mais conhecido por Tcheka, é compositor e intérprete de toda a sua obra, que remonta ao ano de 2000.
Editou o seu primeiro álbum “Argui” em 2003, seguido de Nu Monda (2005), Lonji (2007), Dor De Mar (2011) e Boka Kafé (2017).
É considerado um dos mais originais e criativos músicos e intérpretes de Cabo Verde.
OM/HF
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Lisboa, 22 Mai (Inforpress) - A peça “Dona Pura e os camaradas de Abril”, fruto da adaptação da obra do escritor cabo-verdiano, Germano Almeida, vai estar nos dias 23 e 24 de Maio, no Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (FITEI), no Porto.
A exibição nesses dois dias no Teatro Municipal de Matosinhos Constantino Nery (Porto) acontece depois da estreia da peça da Saaraci Colectivo Teatral, que aconteceu no dia 17 de Maio, no Festival Internacional Teatro do Alentejo, em Beja, e 18 em Serpa, no âmbito do mesmo festival.
Em Abril, em declarações à Inforpress, o director artístico da Saaraci Colectivo Teatral, João Branco, explicou que o FITEI é um dos principais festivais de teatro portugueses no Porto.
“Nós somos um grupo de teatro sediado em Portugal, mas que carrega a bandeira cabo-verdiana (..). Na verdade, nós somos um grupo de teatro cabo-verdiano na diáspora, como existem grupos de música, como existem grupos de dança, como existem outros tipos, géneros de associações, ou seja, as nossas equipas são cabo-verdianas e os actores são cabo-verdianos”, enfatizou.
A música da peça é assinada por Mário Lúcio Sousa, sendo que “Dona Pura e os camaradas de Abril” é o primeiro capítulo de uma trilogia dedicada ao que João Branco denomina como “25 de Abril crioulo”, explorando as diversas formas como este evento histórico influenciou Cabo Verde e vice-versa.
Segundo o actor, encenador e professor de teatro, os próximos espectáculos prometem abordar esta temática de maneiras diversas, incluindo teatro-dança e teatro-música, sempre mantendo a identidade cultural cabo-verdiana como pilar central do projecto.
A característica da trilogia é que o primeiro é um espectáculo de “teatro-teatro” com a “Dona Pura e os camaradas de Abril”, o segundo será um espectáculo de “teatro-dança” como o nome “Cabral Corpo”, com a encenação da Sara Estrela e dramaturgia do Filinto Elísio, e o terceiro será um espectáculo de “teatro-música,” utilizando textos revolucionários de referência da época, mas trazendo-os para os diferentes crioulos de Guiné e de Cabo Verde.
De acordo com a programação, depois do Porto, “Dona Pura e os camaradas de Abril”, fruto da adaptação da obra de Germano Almeida, com o mesmo nome, vai andar por vários lugares, sendo que aqui em Lisboa será em Setembro e Cabo Verde em Novembro, no âmbito do Mindelact”.
DR/CP
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Cidade da Praia, 22 Mai (Inforpress) – O vereador da cultura da Câmara Municipal da Praia considerou hoje que o regresso dos CVMA à capital do País reforça o seu estatuto de cidade criativa no domínio da música, atribuída, em 2017, pela Unesco.
No ano passado, na sua XII edição, a gala dos Cabo Verde Music Awards (CVMA) foi realizada na Ilha do Sal, com a intenção de descentralizar o evento.
Jorge Garcia fez essa observação durante a cerimónia do anúncio do projecto de responsabilidade social dos CVMA que, este ano, vai apoiar a causa ambiental no combate às alterações climáticas, contando com a parceria da União Europeia.
“Fomos distinguido como cidade criativa da Unesco no domínio da música e os CVMA contribuem imensamente para que a Praia continue neste patamar, juntamente com outras iniciativas como o AME, o Kriol Jazz e o Festival da Gamboa”, frisou Jorge Garcia, considerando os CVMA, “salvo as devidas proporções”, os Grammy Awards de Cabo Verde.
“Trata-se de um produto essencial e extremamente importante para agenda cultural da Cidade da Praia”, salientou.
Jorge Garcia acrescentou que este evento persegue alguns dos objectivos muito valorizados pela Câmara Municipal da Praia, nomeadamente, a premiação do mérito, a sua ligação às causas sociais e a internacionalização da música cabo-verdiana.
A gala, onde se vão conhecer os vencedores da XIII edição dos CVMA, está marcada para 01 de Junho, na Cidade da Praia, e terá como convidados especiais Jimmy P., Neyna e Nancy Vieira.
OM/HF
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