Economia
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Porto Novo, 26 Mai (Inforpress) – A safra de cana de açúcar e industrialização do grogue no município do Porto Novo, Santo Antão, está na recta final e os agricultores acreditam que vão conseguir cumprir o prazo, apesar da escassez de mão-de-obra.
A colheita de cana sacarina neste concelho de Santo Antão foi, este ano, condicionada pela falta de mão-de-obra, mas os agricultores, abordados pela Inforpress, dizem acreditar que vão conseguir cumprir o prazo estipulado pela lei para a safra, que vai até ao dia 31 deste mês de Maio.
É o caso dos agricultores em Tarrafal de Monte Trigo, um dos principais vales agrícolas do concelho do Porto Novo, que garantiram que, apesar dos constrangimentos encontrados, como a falta de trabalhadores e avarias nas unidades de produção, descartam a possibilidade de pedir ao Governo o prolongamento do prazo para a colheita da cana sacarina e industrialização do grogue.
Graciano Évora, porta-voz dos produtores, reafirmou à Inforpress que é possível cumprir o prazo estabelecido pela lei para a safra da cana de açúcar e industrialização do grogue nessa localidade.
O período destinado à safra de cana de açúcar e industrialização do grogue começa a 01 de Janeiro e termina a 31 de Maio, conforme a legislação sobre a matéria.
Entretanto, no concelho do Porto Novo, os produtores têm estado a defender a antecipação da data para 01 de Dezembro, com o argumento de que, nessa altura, a cana sacarina produzida localmente já atingiu a “fase de maturação” por causa do clima.
JM/HF
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) – O governador do Banco de Cabo Verde disse hoje, na Praia, que, apesar dos avanços registados nos últimos anos, o alcance e a profundidade do mercado de valores mobiliários em Cabo Verde continua longe do seu potencial.
Óscar Santos fez esta afirmação durante o seu discurso na abertura do workshop sobre títulos sustentáveis e produtos financeiros complexos promovido pela Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários (AGMVM).
Óscar Santos realçou que no próximo ano o país celebra 50 anos de Independência, mas o mercado de capitais foi instituído apenas há 26 anos. No entanto, sublinhou que, recentemente, tem experimentado alguns avanços, nomeadamente com a emissão de alguns instrumentos inovadores, como títulos verdes, títulos azuis, estando em perspectiva a emissão também de títulos destinados à diáspora.
“Apesar dos avanços nos últimos anos, o alcance e a profundidade do mercado de valores mobiliários em Cabo Verde continua ainda longe do seu potencial”, observou.
Conforme justificou, algumas empresas com dimensão relevante, muitas das quais com capitais públicos, têm-se financiado no mercado através de emissões de títulos de dívida, o mercado accionista não regista, há 15 anos, qualquer emissão de acções, nem para abertura de capital nem para o aumento de capital das empresas cotadas.
“Reconhecidamente, almejamos melhor desempenho do mercado de valores mobiliários, são notáveis os esforços do regulador, a auditoria geral do mercado de valores imobiliários, a Bolsa de valores, alguns emitentes e investidores para impulsionar o desenvolvimento do mercado de valores mobiliários em Cabo verde”, disse.
Para o mesmo, a regulação de novos instrumentos financeiros, além de promover a diversificação dos instrumentos e aproximar o mercado das demandas dos emitentes, contribui para o investimento na transição energética e desenvolvimento social do país.
“Com este workshop, sobre títulos sustentáveis de produtos financeiros complexos, a AGMVM visa aperfeiçoar o conhecimento das características e especificidades da emissão de novos instrumentos financeiros que foram recentemente adoptados no mercado de valores mobiliários do país”, ressaltou, assegurando que o evento contribuirá para a melhoria das decisões de financiamento e de investimento.
Por seu lado, a auditora geral do mercado de valores mobiliários, Ana Semedo, completou que o workshop visa dar a conhecer melhor aos operadores do mercado de valores mobiliários os novos instrumentos financeiros que o país já adoptou há dois anos.
“São os títulos sustentáveis, os títulos verdes, azuis, sociais e, também, os produtos financeiros complexos", afirmou, explicando que esses instrumentos têm características especiais e, por isso, a AGMVM, enquanto regulador de mercado de capitais, entendeu fazer regulamentos específicos para esses investimentos financeiros, com vista a garantir a melhor protecção dos que vão investir nesses produtos.
Explicou que estes produtos, não sendo novos, estão sendo alvo deste workshop porque, mesmo tendo experiência da sua emissão, notou-se que há ainda um caminho a percorrer.
“A experiência é relativamente recente, só foram publicados os primeiros regulamentos em 2021 e as primeiras emissões ocorreram em 2022. Na experiência detectamos que todos nós, os intermediários financeiros, os investidores, os emitentes e o regulador precisamos de fazer uma aprendizagem”, reconheceu, apontando como exemplo melhorias a serem feitas em alguns documentos.
ET/HF
Inforpress/Fim
Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) – Os preços dos produtos alimentares de primeira necessidade a nível mundial apresentaram, na semana de 24 de Maio, uma tendência de alta na produção de óleo de soja, trigo e arroz.
A informação consta do INFOSemanal nº 21/2024, divulgado hoje pelo Secretariado Nacional para a Segurança Alimentar e Nutricional (SNSAN) face ao comportamento dos preços dos produtos alimentares de base no mercado internacional.
De acordo com a INFOSemanal nº 21/2024 os preços mundiais de exportação de óleo de soja mantiveram a tendência de alta da semana passada, sendo que na Argentina, as cotações de óleo de soja subiram cerca de 7,4%, e no Brasil a alta nos preços de óleo foi na ordem de 7,1%, comparativamente à semana passada.
Ainda de acordo com o boletim de informações, os preços mundiais de exportação de trigo continuaram a receber apoio das preocupações climáticas do hemisfério norte, com a atenção voltada para relatos de danos provocados pelas geadas em partes da Rússia e da Ucrânia.
As cotações mundiais de frete marítimo, segundo a mesma fonte, registaram uma tendência de baixa em relação à semana passada, enquanto que os preços mundiais de exportação de milho mantiveram a tendência de baixa da semana anterior.
Nos Estados Unidos, a fraca procura e as previsões favoráveis para o plantio ditaram as cotações de milho na Argentina, obrigando o Ministério da Agricultura a reduzir a sua previsão de produção para 2023/24 em 1,0MT (Milhão de Toneladas) para 55,0 MT, em virtude do aumento da pressão da doença por spiroplasma.
No Brasil, explica o boletim de informação, a perspectiva de redução na procura pressionou os preços, tendo a Conab informado que a colheita das culturas primárias de milho esteve 72% concluída a 18 de Maio e a debulha da cultura secundária (safrinha) em curso.
No que respeita aos preços mundiais de exportação de trigo, o boletim realça a tendência de alta da semana passada, sendo que na Rússia, devido às previsões de calor e seca nos distritos do centro e do sul do país, as previsões de produção foram reduzidas em 2,5MT, para 83,5MT.
Na União Europeia (UE), as preocupações com os danos nas colheitas nos produtores do Mar Negro sustentaram a alta nas cotações, enquanto que na Argentina, os preços de exportação mantiveram alta da semana passada.
O documento acrescenta ainda que os preços mundiais de exportação de arroz mantiveram a tendência de alta, sendo que na Tailândia, movimentos cambiais favoráveis e o estreitamento das disponibilidades impulsionaram a alta nas cotações e no Vietname, os preços de exportação de arroz registaram uma tendência estável em relação à semana passada.
Referente aos preços mundiais de exportação de açúcar, a mesma fonte indica a tendência de baixa da semana anterior, tendo a União das Indústrias de Cana-de-Açúcar (ÚNICA) no Brasil, afirmado que na semana passada a produção na região centro-sul aumentou 66% em Abril, o primeiro mês da temporada 2024/25, para 2,56 MT.
Na Índia, foi reportado que o Governo está a explorar formas de estabilizar a produção de cana-de-açúcar para satisfazer o consumo interno e abastecer o programa de mistura de etanol.
PC/ZS
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Nova Sintra, 24 Mai (Inforpress) – O director do Centro de Emprego e Formação Profissional (CEFP) da região Fogo e Brava, Carlos Lopes, promoveu hoje um encontro com empresários locais, no intuito de sensibilizá-los sobre as políticas activas de emprego do Governo.
Carlos Lopes, que falava à imprensa à margem do encontro com os empreendedores, explicou que as grandes políticas activas do Estado de Cabo Verde são materializadas através do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).
“Estamos na Brava com um leque de assuntos importantes para o desenvolvimento da mesma e um desses momentos é o encontro de hoje, com os empresários locais. Além de mostrar as grandes acções do IEFP no seu vasto sentido, desde formação, estágio profissional, empreendedorismo, carteira profissional, entre outros, temos também alguns programas novos que surgiram e que os empresários devem conhecer", salientou.
Sendo assim, informou que existe um projecto denominado Programa de Apoio à Contratação (PAC), um plano novo que iniciou recentemente e está sendo materializado com o maior sucesso.
Explicou ainda, que é um programa que surgiu como incentivo do Governo para o sector privado que pode fazer, a partir de agora, a contratação de jovens até 35 anos e o Estado, através do IEFP, garante 50 por cento (%) do salário, durante um ano.
“A ideia é que os empresários não eliminem o posto de trabalho, mas aumentem. Um empresário que quer contratar um funcionário deve entrar em contacto com o IEFP, particularmente através do CEFP, onde uma equipa irá formalizar o projecto e só depois fazer uma adesão a esse grande projecto no sentido de contratar jovens”, sublinhou.
Daí, ressaltou, a ideia é pôr em prática o referido programa, em todos os quatro municípios da região.
“Deste encontro saímos bastante satisfeitos, tendo em conta que oito empreendedores já mostraram interesse a este programa e na ilha do Fogo já foram materializados dois, que estão na fase de tratamento e nos próximos dias serão encaminhados para o departamento de emprego, para análise e validação, mas a ideia é aumentar empregos usando este grande veículo”, frisou.
Por sua vez, a empresária Lídia Gomes salientou que o encontro foi “produtivo” porque passou a conhecer um projecto que não conhecia e congratulou-se com o programa.
“Penso que o PAC é um excelente programa, uma vez que muitos jovens na ilha Brava estão desempregados e eu estou disposto, juntamente com este projecto, a dar oportunidade a outros jovens na minha padaria”, finalizou.
DM/HF
Inforpress/Fim
São Filipe, 24 Mai (Inforpress) – O presidente da Câmara Municipal de São Filipe, Nuías Silva, disse hoje, em conferência de imprensa, que é algo inédito a ilha do Fogo ficar tantos dias sem voos e sem certeza de quando serão retomados.
Nuías Silva, que convocou a imprensa para, mais uma vez, falar sobre a situação “caótica dos transportes interilhas”, principalmente os transportes aéreos entre Santiago e Fogo e sem esquecer os transportes marítimos, mostrou-se preocupado porque com os rumores que circulam e que apontam que as ligações só serão retomadas no dia 28 de Maio, deixando a ilha sem voos durante mais de dez dias.
“A situação é preocupante porque há cerca de uma semana que não temos tido voos para São Filipe. O último voo de e para São Filipe aconteceu no domingo, 19 de Maio e não há previsão para quando serão retomados voos para a ilha do Fogo”, afirmou Nuías Silva, indicando que se vive numa completa incerteza e as pessoas tem medo de sair da ilha porque não sabem se regressam e outros têm medo de vir ao Fogo porque não sabem se regressam.
Segundo o mesmo, num território descontínuo como Cabo Verde a questão de ligação é fundamental não só para a ambição de desenvolvimento económico como para situações de emergência que se colocam no dia a dia, observando que já é hora de o Governo tomar medidas cabíveis para resolver este problema.
Para o edil de São Filipe a não resolução do problema só é entendida devido à falta de uma atitude compromissória e de vontade política, sublinhando que existe uma ausência de comunicação e articulação com os poderes locais para, ao menos, os informar do que está a passar e poder melhor trabalhar e mitigar o problema.
A mesma fonte advogou que o sector económico “está parado” com pessoas a cancelaram as suas reservas, com os turistas aborrecidos com a situação, emigrantes revoltados com falta de compromisso e atitude na governação e obrigados a comprarem outras passagens internacionais e colocando em risco até o próprio emprego no país de acolhimento.
Além disso, defendeu Nuías Silva, o impacto económico é incalculável e com a imagem e reputação de São Filipe e do Fogo enquanto destino turístico fica manchada, observando que a situação é recorrente e que desde o ano passado que não tem havido regularidade no sector dos transportes aéreos.
“É impossível desenvolver uma ilha ou uma região com os problemas que temos nos transportes”, afirmou Nuías Silva questionando como se pode atrair o investimento directo de emigrantes ou de investidores estrangeiros ou pedir aos empresários para investirem na construção de unidades hoteleiras sabendo da situação caótica.
Segundo o mesmo, a situação é complexa e apela ao Governo para resolver de uma vez por todas a questão dos transportes, sublinhando que a própria Associação dos Municípios deve pronunciar-se para defender os interesses dos municípios que estão fora do território com aeroportos internacionais.
No dizer do edil de São Filipe, os cabo-verdianos precisam e exigem uma explicação da parte do Governo, salientando que o problema das ligações constitui uma “falta de respeito para com a ilha do Fogo”.
Nuías Silva avançou ainda que o povo precisa sair às ruas e dizer “basta” à situação de ligação inter ilhas que segundo o mesmo é “prioritário”.
Durante a conferência de imprensa, Nuias Silva avançou que vários eventos que estavam previstos para a ilha nos últimos dias foram cancelados e que o próprio ministro do Turismo e Transportes Carlos Santos que estava para vir à ilha do Fogo não veio por falta de transportes.
O autarca indicou que o Governo deve fazer as contas do impacto económico e da marginalização que tem colocado a ilha do Fogo com a não solução do problema das ligações, sublinhando que os foguenses estão cansados em não ter feedback e articulação com as autoridades para que sejam das explicações sobre a situação e para que ela seja mitigada.
“Com as mãos e os pés atados é impossível desenvolver regiões com potencialidades e continuamos a ter fugas de quadros por falta de mobilidade interna no país”, concluiu.
Para quinta-feira, 23 de Maio, estavam previstos três voos no percurso Praia/São Filipe/Praia e todos foram cancelados e hoje, sexta-feira, não há, até este momento, previsão de realização de voos entre Santiago e Fogo.
JR/HF
Inforpress/Fim
Mindelo, 24 Mai (Inforpress) - O Governo autorizou a Direcção Geral do Tesouro a conceder um aval aos Transportes Aéreos de Cabo Verde no valor de 5.250.780 dólares, no âmbito da aquisição de uma aeronave Boeing B737-8, através da Boeing Capital Corporation (BCC).
Esta informação consta de uma resolução publicada hoje no Boletim Oficial.
De acordo com o mesmo documento, no seguimento dos objectivos propostos para a retoma e estabilização, a TACV, em 2023, iniciou negociações com a BCC, que conduziram à assinatura de um Contrato de Locação Operacional para aquisição da aeronave B737-8.
Sobre este contrato, acrescentou, foi concedido um aval para toda a vigência do contrato no valor equivalente a um ano de operação, mediante um acordo de Garantia Soberana cuja minuta foi proposta pela BCC.
“Considerando, no entanto, que este processo de leasing requer responsabilidades por um período de 12 anos, a BCC solicita a emissão de uma nova garantia para reforçar a garantia concedida em 2023, nos termos do acordo de garantia apresentado por esta, no valor de 5.250.780 dólares, correspondente a mais um ano da operação de leasing”, lê-se no documento.
Face ao exposto, refere ainda a resolução do Governo, é fulcral assegurar a continuidade desta operação de leasing para a manutenção e prossecução da actividade da TACV, com vista à sua viabilidade e sustentabilidade económico-financeira.
Pelo que, ajuntou, o Estado de Cabo Verde, enquanto accionista maioritário, reconhece o “manifesto interesse público em suportar a empresa nesta operação”, através da concessão desta garantia soberana, tendo em conta “o papel que desempenha na dinâmica da economia nacional, nomeadamente, a nível do comércio e turismo, e o seu enquadramento no Programa do Governo para o sector dos transportes”.
A resolução informa ainda que o prazo do aval é de 12 meses, no período compreendido entre 14 de Julho de 2024 a 13 de Julho de 2025, em conformidade com os termos estabelecidos pelo contrato de Locação Operacional (CLO).
CD/ZS
Inforpress/Fim
São Filipe, 24 Mai (Inforpress) – O workshop sobre “socialização de projectos de sustentabilidade turística de Chã das Caldeiras” previsto para hoje, 24 de Maio, na comunidade de Chã das Caldeiras foi cancelado devido a problemas de ligações aéreas.
O workshop devia contar com a presença do ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, que devia chegar à ilha do Fogo na quinta-feira, 23, o que não aconteceu devido ao cancelamento dos três voos de reposição programados.
O workshop de socialização tem por objectivo fazer o enquadramento do programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais, apresentação das directrizes de intervenção do programa, assim como a socialização do projecto de intervenção arquitectónica de valorização turísticas e ambiental de Chã das Caldeiras e os roteiros turísticos.
O plano de comunicação do programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais, Parque Natural de Chã das Caldeiras – suas características e importância para o ecossistema da região associado ao ecoturismo, o estudo de fomento empresarial e economia circular de Chã das Caldeiras e o programa impulsiona numa lógica de integração dos beneficiários dos projectos de fomento empresarial nas aldeias rurais e estudo de acesso à energia renovável de Chã das Caldeiras são assuntos que seriam debatidos no workshop.
A vereadora Maria José contactada pela Inforpress confirmou o cancelamento do workshop devido a problemas de transportes, sublinhando que será reorganizado para uma data posterior sem contudo indicar quando o mesmo poderá acontecer.
Além de presidir ao workshop, o titular da pasta do Turismo e Transportes deveria proceder à entrega dos certificados de capacitação aos beneficiários do programa de valorização turística e ambiental das aldeias rurais dos três municípios da ilha, nomeadamente Chã das Caldeiras (Santa Catarina), Pai António (Mosteiros) e Campanas de Cima (São Filipe) num total de 45 beneficiários, assim como visita à Unidade Sanitária de Base e ao projecto de electrificação em Chã das Caldeiras.
JR/ZS
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Cidade da Praia, 23 Mai (Inforpress) – O Programa Cabo Verde Digital alcançou a 5ª posição para o prémio “WSIS Prizes 2024 Champion” na categoria "Enabling Environment", que distingue iniciativas que promovem ambientes favoráveis para o desenvolvimento e uso eficaz das tecnologias.
Em conferência de imprensa no final de hoje, para reagir a esta posição, o coordenador da Cabo Verde Digital, Milton Cabral, disse que, na categoria em que Cabo Verde foi seleccionada, foram submetidas mais de mil candidaturas, em que 360 foram escolhidas para a votação online.
“Mais de dois milhões de votos foram analisados e a Cabo Verde Digital foi uma das iniciativas mais votadas, onde também se destacaram países como o Brasil, México, Sri Lanka e Trinidad e Tobago”, afirmou Milton Cabral.
Para este responsável da Cabo Verde Digital, a posição de Cabo Verde nesta categoria significa o reconhecimento de que esta equipa está no “caminho certo”, fruto dos trabalhos que tem feito nas diversas áreas.
A cerimónia de premiação, conforme adiantou, acontece no dia 30 do corrente mês, em Geneva, na Suíça, que contará com participantes de mais de 160 países, que irão analisar as principais tendências emergentes, incluindo a inteligência artificial, espaço para o desenvolvimento sustentável e outros tópicos em rápido desenvolvimento.
Por seu turno, o secretário de Estado da Economia Digital, Pedro Lopes, assegurou que este reconhecimento internacional é fruto das políticas públicas do Governo e do talento das “startups” cabo-verdianas, que são os verdadeiros responsáveis pelo “sucesso” do ecossistema.
“Este prémio é para todos os cabo-verdianos, sobretudo para os jovens que trabalham nesta área e todos aqueles que contribuem para a comunidade digital em Cabo Verde”, disse este governante.
Para o secretário de Estado da Economia Digital, esta selecção transmite mais força para que Cabo Verde “lute cada vez mais” para ser uma referência na área digital na Costa Ocidental Africana.
“Continuaremos a trabalhar incansavelmente para transformar Cabo Verde num ‘hub’ tecnológico de referência na nossa sub-região”, referiu Pedro Lopes.
De realçar que World Summit on the Information Society (WSIS) é uma iniciativa da União Internacional das Telecomunicações, uma agência especializada das Nações Unidas que promove a cooperação internacional no uso das tecnologias da informação e comunicação que reconhece projectos e iniciativas que usam as TIC para promover o desenvolvimento sustentável e melhorar a qualidade de vida das pessoas nas diversas áreas, como educação, saúde, inclusão digital, governação electrónica entre outros.
DG/HF
Inforpress/Fim
Porto Novo, 23 Mai (Inforpress) – A edilidade porto-novense assegurou hoje que o financiamento do pólo de formação profissional neste município de Santo Antão está garantido pelo Governo de Cabo Verde e que as obras vão ser lançadas “brevemente”.
Em nota a que a Inforpress teve acesso, a autarquia informou que está neste concelho uma missão técnica da empresa Infraestruturas de Cabo Verde para proceder a levantamentos com vista ao arranque das obras de remodelação do edifício da antiga fábrica de queijo do Porto Novo, que receberá o pólo de formação profissional.
Conforme a mesma fonte, o objectivo do projecto é proporcionar aos jovens do Porto Novo “um espaço de formação e de aprendizagem de excelência que vai lhes permitir frequentar acções de formação mais próximas das suas residências, para entrar no mercado de trabalho em mesmo pé de igualdade com os restantes profissionais de outros concelhos”.
O edil do Porto Novo assegurou, recentemente, que tem havido “uma boa dinâmica” em termos de formação profissional neste município, que já dispõe de “meios humanos capacitados”, mas com limitações a nível logísticos, o que que justifica, no seu entender, a criação do pólo de formação profissional.
Por seu lado, o vereador da edilidade porto-novense, que responde por esta área, Valter Silva, disse à Inforpress que a formação profissional é “uma aposta ganha” no município do Porto Novo, graças à parceria existente entre a autarquia e o Instituído de Emprego e Formação Profissional (IEFP) e a Câmara Municipal do Porto Novo.
No quadro da parceria entre a edilidade porto-novense e o IEFP, o executivo camarário diz ter já capacitado cerca de uma centena de jovens porto-novenses nos mais variados domínios.
JM/ZS
Inforpress/Fim
Porto Novo, 23 Mai (Inforpress) – A empresa Águas de Santo Antão assumiu já a gestão e distribuição de água domiciliária no município do Porto Novo, mais concretamente na cidade e nas zonas da Casa de Meio, Ponte Sul e Lajedos.
A edilidade porto-novense informou hoje em comunicado que além da distribuição de água domiciliária na cidade do Porto Novo, em Casa de Meio, Ponte Sul e em Lajedos, a Águas de Santo Antão passou a assumir ainda a gestão da rede de esgotos.
A empresa Águas de Santo Antão foi formalmente criada em Dezembro de 2023, com sede na cidade das Pombas, no Paul, tendo como missão a prestação do serviço público de fornecimento de água e de recolha e tratamentos das águas residuais.
A empresa tem como accionistas os três municípios de Santo Antão e a empresa Águas do Porto Novo e resultou da fusão dos serviços autónomos de água e saneamento dos três municípios desta ilha, no âmbito da reforma do sector de água e saneamento em Cabo Verde.
A AdSA está entre os projectos considerados pelos municípios santantonenses como sendo “estruturantes” para esta ilha, acreditando que esta empresa ajudará a resolver “questões estruturais” ligados à água e saneamento nesta região.
JM/ZS
Inforpress/Fim
Abuja, 23 Mai (Inforpress) - Mais de metade do potencial de exportação intrarregional na África Ocidental, avaliado em 3,2 mil milhões de dólares (2,95 mil milhões de euros), está inexplorado, situação que um observatório de oportunidades comerciais, agora lançado, visa contrariar.
O Observatório da Competitividade da África Ocidental, uma plataforma online, é um instrumento de monitorização para avaliar a competitividade comercial dos países da região, lançado pela Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e o Centro de Comércio Internacional (ITC), com o apoio financeiro da União Europeia (UE), num evento realizado terça-feira, em Abuja, capital da Nigéria, e hoje anunciado.
O objetivo, refere a CEDEAO, organização de que fazem parte a Guiné-Bissau e Cabo Verde, é ajudar a desencadear o crescimento económico em toda a África Ocidental, “onde mais de metade do potencial de exportação intrarregional (…) permanece inexplorado”.
Acresce que “as exportações da África Ocidental são mais competitivas na região do que no resto do continente ou nos mercados globais”, refere ainda.
O Observatório oferece três módulos, um deles de “Business Matchmaking”, que facilita a colaboração transfronteiriça para as empresas, promovendo os seus produtos e serviços e permitindo-lhes ligarem-se a parceiros em toda a região, através de tradução automática para inglês, francês e português, lê-se no comunicado.
Outro módulo é de competitividade comercial, que proporciona uma monitorização e análise da competitividade comercial dos países, apresentando dados a nível global, continental e regional.
O terceiro é sobre cadeias de valor regionais, fornecendo aos decisores políticos e às empresas informações sobre cinco setores-chave: vestuário e têxteis; produtos de beleza, bem-estar e cuidados pessoais; fórmulas alimentares para lactentes; produtos transformados à base de peixe e marisco; frutas, legumes e raízes transformados.
"O Observatório fornecerá informações importantes aos decisores políticos e às empresas para tirar partido dos mercados internacionais. Ao ajudar as PME (pequenas e médias empresas) a aceder ao mercado de forma eficiente, criará postos de trabalho e contribuirá para o crescimento económico”, afirmou Massandjé Toure-Litse, Comissária para os Assuntos Económicos e a Agricultura da Comissão da CEDEAO, citada no comunicado.
Pamela Coke-Hamilton, diretora executiva do ITC, por seu turno, lançou o desafio aos decisores de “políticas e às empresas” para que usem o observatório “para descobrir o potencial de negócios inexplorados da sua região e transformá-los em benefícios económicos tangíveis".
“Esperamos ver as empresas, especialmente as pequenas, aproveitarem ao máximo esta ferramenta para encontrar compradores e explorar novos mercados", afirmou.
Inforpress/Lusa
Fim
Espargos, 22 Mai (Inforpress)- O ministro da Agricultura e Ambiente afirmou hoje que o Governo vai analisar e mobilizar recursos para investimentos no sector da água e elaboração do plano director de água e saneamento para ilha do Sal.
Gilberto Silva deu essa garantia no final de um encontro que manteve na tarde de hoje com o presidente da Câmara Municipal do Sal e com o presidente do conselho de administração da Electra, para tomar pulso da situação da produção e distribuição da água na ilha.
Conforme o ministro, o "sector da água no Sal carece de planeamento”, na medida em que o número de habitantes e visitantes na ilha cresce a cada dia.
“É fundamental que nós tenhamos a capacidade de fazer a projeção deste crescimento e a projeção dos investimentos a serem feitos no domínio da água e do saneamento para responder às necessidades da economia e das pessoas”, sublinhou o ministro.
Para o governante, a razão da sua visita à ilha do Sal “é justamente para ver in loco a situação da produção e distribuição da água na ilha” e discutir com os responsáveis e entidades gestoras as necessidades imediatas para tornar o Sal “muito mais resiliente nesta matéria”.
Por outro lado, sublinhou, a ilha “necessita de todo conforto neste domínio”, para definir o encontro que manteve com os responsáveis, antes de fazer uma visita de terreno “para ver de perto as infraestruturas e compreender as intervenções que terão que ser feitas".
Quanto à situação de penúria de água a que a população teve que passar há quase um mês, o ministro garante que a situação está ultrapassada, “na medida que os salenses estão a receber um serviço de fornecimento de água”.
Isto significa que, continuou, “a Electra, conjuntamente com os seus parceiros, conseguiu equacionar a questão do abastecimento da água” e tranquiliza os salenses que os problemas vão ser devidamente equacionados.
Por fim, Gilberto Silva sublinhou que, no entanto, há investimentos a serem feitos, nomeadamente em matéria de reservatórios, reabilitação dos reservatórios existentes e acelerar o processo das ligações domiciliárias de água.
A visita do ministro prossegue na quinta-feira, com uma agenda de visitas de terreno com Águas de Ponta Preta (APP) em Santa Maria e visita a estufas agrícolas em Terra Boa.
NA/JMV
Inforpress/Fim