Uni-CV defende implementação de “concurso de pontes das línguas estrangeiras” à imagem do Instituto Confúcio

24/05/24 18:20

Cidade da Praia, 24 Mai (Inforpress) - O reitor da Uni-CV, Arlindo Barreto, defendeu hoje a implementação de concurso de pontes de todas as línguas estrangeiras estudadas em Cabo Verde, à semelhança do implementado pelo Instituto Confúcio que celebra a língua e a cultura chinesas.

Arlindo Barreto manifestou este desejo durante a final do concurso “Ponte Chinesa”, realizado pelo Instituto Confúcio, no Centro de Convenções da Universidade de Cabo Verde (Uni-CV), evento que vem sendo realizado em cooperação com a Embaixada da China, e que se afirma como uma vitrine para jovens talentos no domínio da língua mandarim e da cultura chinesa.

“Se calhar, precisamos também de pontes a nível do francês, inglês, espanhol e de outras línguas e de outras culturas”, precisou, sublinhando que a universidade pública está aberta para este desafio, que permite aos participantes ter uma visão mais larga do conhecimento do que acontece no mundo.

Nesta linha, Arlindo Barreto referiu que o evento, que se realiza anualmente desde 2018, é “muito importante” para a Uni-CV, porquanto junta estudantes do ensino secundário ao universitário para este concurso que permite ligar não apenas às pessoas, mas também à culturas e à língua.

O curso, explicitou, é destinado aos estudantes que se dedicam ao trabalho da língua chinesa e, igualmente a cultura, pelo que se afirma como um espaço da compreensão do outro e da aproximação das pessoas, e, ao mesmo tempo, permitir a ligação entre os estudantes universitários com os do ensino secundário.

Opinião partilhada pela directora nacional do Instituto Confúcio, Ermelinda Tavares, que enalteceu a importância do “aprender a língua e a cultura chinesa”, dando conta que depois de mais de 40 concorrentes na fase preliminar, 16 candidatos, dos quais 10 do ensino secundário e seis do nível universitário chegaram a final em busca de representar o país em Julho, na China.

Já o embaixador da República Popular da China, Xu Jie, destacou a importância desta iniciativa, por considerar que hoje em dia todos os países estão intimamente conectados.

O panorama internacional e o sistema de governação global, asseverou, sofrem mudanças profundas, pelo que os desafios em matérias da segurança, desenvolvimento e ambiente de entre outros aspectos são complexos.

Perante tais circunstâncias, o diplomata chinês chamou a atenção para a necessidade da construção do conceito de uma comunidade, com um futuro compartilhado para a humanidade promover a cultura e a história da humanidade que abrange o tempo e espaço, transcendendo países, unindo o interesse das pessoas de diferentes nacionalidades, culturas e religiões.  

Este concurso anual, vem sendo realizado desde 2018 na Uni-CV, sob a égide do Instituto Confúcio na Uni-CV, em cooperação com a Embaixada da China em Cabo Verde.

Dividido em três fases, quais sejam, local, regional e nacional, o concurso permite aos participantes, desde o ensino secundário até ao universitário, a oportunidade de demonstrarem as suas habilidades em várias actuações artísticas e composições linguísticas.

Os finalistas, sendo um do ensino universitário e outro do ensino secundário, recebem prémios de honra para representar Cabo Verde na “Final Internacional na China”, com a particularidade de os vencedores terem a oportunidade de beneficiar de uma bolsa de estudo Confúcio de seis meses numa universidade na China.

A iniciativa é apontada como o reflexo do compromisso contínuo de Cabo Verde em promover a educação linguística e cultural, bem como fortalecer os laços diplomáticos e culturais com a China.

Os participantes do concurso têm a oportunidade de aprofundar seu entendimento e apreciação da cultura chinesa, preparando-os para serem cidadãos globais competentes no cenário internacional.

SR/CP

Inforpress/Fim

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